Confissões à queima roupa

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Aconteceu...

Era mais um dia normal. Ela tinha saido da escola, calmamente caminhava pelas ruas da cidade frenética cheia de luz numa tarde de Abril. Sorria, sentia-se bem em mais um dos seus dias normais. É então que tudo acontece. Opta passar por aquela rua, podia ter sido uma rua qualquer, mas foi precisamente aquela, era assim que tinha de ser... Vira a esquina, passa o carro. E no espaço de segundos o mundo pára e recomeça totalmente diferente. Ela não viu. Ele viu e reconheceu. Toca o telemóvel. Era ele... Sabia quem era, lembrava-se do passado, da cara, do corpo, da forma de andar, do sorriso. Ela lembrou. Desde então as mensagens não paravam. Promessas de um lado, propostas de outro, uma esperança, uma luz, um recomeço. O tempo passou e as mensagens foram trocadas finalmente por um olhar, depois de um olhar um beijo, depois de um beijo um abraço, depois de um abraço uma aliança, uma ligação agora, uma ligação para sempre. Desde aquele olhar esperado á muito que tudo se torna mais complicado, a necessidade que um tinha do outro aumenta e o que a principio era inocente torna-se em algo verdadeiramente forte, possuidor, devastador, arrebatador, torna-se amor... Mas o relógio não pára e o tempo é muito severo. Ele ganha defeitos. Ela também. Ele estava a anos luz de distância. Ela não tinha meio de chegar até ele. Então ele foge. Ela vai atrás. Há uma recusa e ela aceita-a pois agora já sabe que á medida que os ponteiros avançam, mais longe estão um do outro, mais distante está aquele dia normal em que tudo começa, mas pior ainda mais longe está o dia em que chorava por olhar para aqueles olhos e ver neles escritos a palavra amo-te.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

é o amor,nem sempre se quer admitir o que se sente,depois sofre-se,chora-se..grita-se...faz-se o inimaginavel...por Amor.Felizmente o tempo avança, infelizmente o amor nem sempre acompanha esse mesmo tempo....

11:30 da manhã  

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