Docas
Hoje vim pela primeira vez às docas de Coimbra. Pelos vistos andava a perder muito desta cidade que se mostra cada vez mais maravilhosa. Estou com os meus apontamentos de motivação na frente, mas por um momento decidi parar o estudo para admirar esta paisagem que só quem vê percebe a sua real beleza. A esplanada é encantadora, tenho o Mondego em frente e a ouvir as minhas músicas no mp3 dou atenção a pequenos promenores que me enchem a alma de esperança e calma. O casal apaixonado que desfruta do dia de sol enquanto lêem um bom livro, as pessoas a estudar, os outros que caminham provavelmente também à procura de respostas tal como eu. Os patos nadam tranquilamente nas águas do Mondego alheios a tudo, no seu pacifico caminho de todos os dias. Há ainda os que lêem o jornal à espera de melhores dias no país que criticam mas que ao mesmo tempo amam. E aqui estou eu, no meio de tudo isto, sentido-me ligada à natureza, à cidade, à vida. É por dias assim que vale a pena acordar, é por dias assim que chego à conclusão que por vezes complicamos a felicidade quando ela pode estar nas coisas mais simples.
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