Confissões à queima roupa

segunda-feira, novembro 13, 2006

Insónias

Para variar estou acordada a esta hora porque estou com insónias… E como é normal quando não me dá para dormir dá-me para pensar! Aqui dou por mim no meu quarto de Coimbra a ouvir as mesmas músicas de sempre da Adriana Calcanhoto, da Marisa Monte e a lembrar situações do passado. Aqui tenho muito tempo para pensar, não sei se é bom ou mau, a verdade é que quase todos os dias passo a vida em revista e sem chegar a grandes conclusões. O pensamento no entanto hoje não é o mesmo de sempre. Ressurge de uma conversa de café, daquelas até bastante banais entre amigas, no entanto essa conversa normal deixa uma inquietude em mim… Afinal qual é a maneira mais saudável de gostarmos d uma pessoa? É ficarmos pela amizade sem ter mais preocupações e não arriscarmos demasiado? Nunca fui de deixar as coisas pela metade, e muito menos de desistir, mas o medo de sofrer ás vezes também me atinge! E depois também já não tenho a certeza se o amor e a paixão surgem naturalmente ou se podem construir. O desafio atrai, tal como por vezes o incerto também o faz. O difícil está em ter a coragem de ir atrás do desafio consciente das adversidades que podem surgir derivadas das nossas atitudes. Diz-se que, quem não luta, não perde o medo de ir atrás, quem não tem coragem de enfrentar também as coisas más nunca chega ao pleno da vida, da sabedoria, do amor… Por isso muito possivelmente mais vale arriscar e chegar ao pleno por um instante do que chegar ao fim da vida e nunca ter tido um minuto plenamente feliz. Tal como se diz que só os tolos são felizes, porque não ser tolo de vez em quando? Eu não tenho vergonha de o parecer por vezes. Se isso me faz feliz e pode fazer os outros felizes para quê censurar?