Castelo-Branco - Azaruja - Sines
Regressada à poucas horas, renovo a bagagem e parto rumo ao Festival Músicas do Mundo em Sines. Mais uma vezes esperavam-se noites agradáveis, mas sempre com aquele friozinho característico das cidades costeiras.
Praia... Finalmente praia... O calor, a areia, os biquinis, a toalha, o bronzeador, o mar, a boa vida! À noite música... Tudo muito alternativo, nada muito conhecido e lá vamos nós para mais uma aventura do "descobrir". Primeira noite deixa um bocado a desejar, mas na segunda vi um dos melhores concertos da minha vida, Gogol Bordello, punk cigano. O fogo de artificio a servir de moldura e um som completamente novo para mim, um som que me deixou extasiada. Na avenida da praia estavam as tasquinhas, as boas das barraquinhas de roupa e bugigangas, e o ambiente era o do costume. Cada um no seu mundo, mas formando uma especie de harmonia. E eu mais do que nunca sentia-me no meu mundo, num mundo bem fechadinho que os outros não conseguiam abrir e muito menos perceber. Embora sabendo que não tava sozinha, não podia deixar de o sentir. Mais uma entre a multidão. Então decidi parar, libertar-me, deixar de sonhar acordada e agarrar-me com força às cores e aos estimulos reais que me circundam. Assim abandonei Sines com um bocado mais de esperança e sem vontade de ficar parada, atónita. Mais "descobrimentos" me aguardavam.
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