Confissões à queima roupa

quarta-feira, maio 17, 2006

Lua que espero

Saí de casa e o sol iluminou-me o rosto. Senti-me feliz por estar viva, por estar nesta maravilhosa cidade que é Coimbra, e por fazer parte dela, e ela fazer parte de mim. Percebi que a vida ás vezes é tão fácil, e que eu tento complicá-la todos os dias! Para quê? Ás vezes podemos ser felizes com tão pouco, sendo este pouco o muito de que não temos consciência... Gestos, palavras, o simples existir das pessoas que nos rodeiam, hoje fizeram-me sentir tão bem... Mas a verdade é que a noite acaba por chegar, e o sol que me iluminava abandona-me, e a escuridão trás consigo a melancolia das recordações. Tal como o dia também eu pareço só me sentir iluminada de dia, e completamente dependente do passado á noite. Mas depois pensei e lembrei-me da lua, é ela que ilumina a noite, e tal como ela eu um dia também serei iluminada por uma lua. A lua e muito mais estimulante do que o sol, trás a sensualidade, a paixão dos amantes. Só é preciso esperar, saber esperar, pois eu sei que o meu luar está a caminho, eu sei que ele está quase a chegar...

segunda-feira, maio 01, 2006

Recaidas...

Humanos (António Variações) - A Culpa é Da Vontade

A culpa não , não é do Sol
Se o meu corpo se queimar
A culpa não, não é do Sol
Se o meu corpo se queimar
A culpa é da vontade
Que eu tenho de te abraçar
 
A culpa não, não é da praia
Se o meu corpo se ferir
A culpa não, não é da praia
Se o meu corpo se ferir
A culpa é da vontade
Que tenho de te sentir
 
A culpa é da vontade
Que vive dentro de mim
E só morre com a idade
Com a idade do meu fim
A culpa é da vontade
 
A culpa não, não é do mar
Se o meu olhar se perder
A culpa não, não é do mar
Se o meu olhar se perder
A culpa é da vontade 
Que eu tenho de te ver
 
A culpa não, não é do vento 
Se a minha voz se calar
A culpa não, não é do vento 
Se a minha voz se calar
A culpa é do lamento
Que sufoca o meu cantar
 
A culpa é da vontade
Que vive dentro de mim
E só morre com a idade
Com a idade do meu fim
A culpa é da vontade