Confissões à queima roupa

sábado, abril 29, 2006

Mais vale só...

Estava a ficar preocupada por não estar a fazer o meu luto. Luto por não estar mais contigo. Esta semana não deitei uma única lágrima por ti, não tive saudades tuas, nem sequer pensei muito em ti... E estranhamente isto estava a preocupar-me! Teria eu ficado de um momento para o outro um ser tão insensivél como tu? Só depois entendi... Não foi agora que eu te perdi, eu perdi-te quando ainda estava contigo, por isso é que chorava, porque sabia o que ia acontecer, que o fim estava próximo! E por isso sofria mais contigo do que sem ti. A verdade é que estou bem melhor assim... SOZINHA! Sou livre, sou apenas eu, eu e aqueles que me amam de verdade, afinal não preciso de ti para viver, ainda aqui estou, e para meu grande espanto, muito mais feliz do que quando estava contigo, estavas a matar-me aos poucos, a acabar com a minha essência, afinal não é a tua ausência que me magoa, o que me estava a magoar era a tua indiferença. Assim é muito mais fácil, não ouço a tua voz, não te vejo e por isso já não te sinto. Agora foste tu que me perdes-te, e sinceramente espero que para sempre... Histórias repetidas não dão bom resultado... Agora eras tu que terias de provar muita coisa para me teres de volta. Terias de provar que contigo ia ser mais feliz, e acredita, isso não vai ser nada fácil! Mas eu também sei que mesmo que sintas a minha falta não me irás dizer nada, o teu orgulho não permite. Então como eu um dia te disse, eu acredito no destino, e agora que já nem ódio sinto por ti, espero que ele nos sorria aos dois, juntos, ou separados, parecendo-me a mim que a segunda hipótese é a mais viável...

terça-feira, abril 25, 2006

A libertação


A vida é repleta de libertações, umas fáceis, outras nem por isso! Começamos logo ao nascer, libertamo-nos do corpo da nossa mãe, mas a quem ficamos ligados até ao fim das nossas vidas. Vamos crescendo e libertamo-nos da nossa infância, deixamos de brincar e de pensar o mundo a cor-de-rosa... O tempo passa e libertamo-nos de muitos sonhos que agora já não parecem fazer sentido. Apaixonamo-nos e aí vem a libertação mais dificil a libertação que dói. Libertármo-nos de alguém que amamos é extremamente doloroso, mas não impossivél! É essa a libertação porque anseio, é essa a minha verdadeira liberdade, a liberdade que me vai trazer de volta. E hoje em dia de recordação de uma mudança, de uma revolução, luto ainda mais fortemente para que uma ocorra também na minha vida. Só quero ser livre.

sexta-feira, abril 21, 2006

Tenho medo

Tenho medo de te amar
Mais medo ainda de te odiar
Tenho medo de sofrer
Mais medo ainda de não te esquecer
Tenho medo de por ti não ser lembrada
Mais medo ainda de para ti eu não ter sido nada
Tenho medo do que vi
Do que não vi
De ti
Mas sobretudo de mim...
Medo da solidão
Medo de não voltar a amar
Medo de não recuperar
Medo de te ver
Medo de tudo e de nada
Medo de não crescer
Ou de ter crescido depressa de mais

segunda-feira, abril 10, 2006

Destinos

Não param de cair... Lágrimas. Já nem são lágrimas de sofrimento, de dor, são lágrimas de pura tristeza, nem um único som, apenas deslizam pelo meu rosto impávidas, alheias a tudo, como se assim tivesse de ser o seu destino! Destino. E o meu? Era este? Terei escolhido o trilho certo? Será que tive hipótese de o escolher? Ou foi ele que me escolheu a mim? Acredito por vezes que se assim foi, é porque assim tinha de ser! Um segundo pode ser decisivo na nossa vida, a minha mudou, apenas por culpa de um segundo... Bendito segundo? Maldito segundo? Só mais tarde saberei, não é ainda tempo de revelações, de balanços ou de renovação de esperanças. Agora é tempo de limpar a alma... de deixá-las cair... uma a uma... E afinal para quando o recomeço? Vou deixar para amanhã porque hoje já não tenho tempo... Hoje o meu segundo vai ter outro destino, não porque me apetece mas porque é assim que tem de ser...

quarta-feira, abril 05, 2006

Palavras de outro que transmitem as minhas

Mesa - Vicio De Ti

Amigos como sempre

Dúvidas daqui pra frente sobre os seus propósitos é difícil não questionar.

Canto do telhado para toda a gente ouvir os gatos dos vizinhos gostam de assistir.

Enquanto a musica não me acalmar vou descer, não vou enfrentar o meu vício de ti não vai passar e não percebo porque não esmorece ao que parece o meu corpo não se esquece.

Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício de ti

Levei-te à cidade, mostrei-te ruas e pontes

Sem receios atrai-te as minhas fontes

Por inspiração passamos onde mais ninguém passou

Ali algures algo entre nós se revelou.

Enquanto a música não me acalmar não vou descer, não vou enfrentar o meu vício de ti não vai passar não percebo porque não esmorece será melhor deixar andar

Será melhor deixar andar

Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício de ti

Eu canto a sós pra cidade ouvir e entre nós há promessas por cumprir mas sei que nada vai mudar o meu vício de ti não vai passar, não vai passar...

segunda-feira, abril 03, 2006

Sentir-te


Um simples olhar, um breve toque, incomensurável desejo... Preenches ainda os meus sonhos e a minha realidade... Ainda te sinto! Sinto-te quando acordo e não estás a meu lado, sinto-te quando caminho e tu não estás lá a acompanhar-me, sinto-te quando me deito e não tenho o teu peito para adormecer, sinto-te em todos os poros do meu corpo... Separar-me de ti está a matar-me aos poucos, não consigo saciar a minha sede de amor, não sem ti... Quando toda a minha fonte de esperança seca, onde vou matar a minha sede? A tudo o resto que possuo na vida? A tudo o que queria partilhar contigo? Como o irei conseguir sem ti? Como se dá esta libertação, libertação de metade de mim, do que era, do que fui, e do que ainda sou? Ainda não descobri como se faz... Ainda não descobri o que fazer quando não há mais nada a fazer...

sábado, abril 01, 2006

A música que por vezes sinto...


Só (para sempre)

Ando sobre a água perdida na corrente
Navego a direito e vou detrás para frente
Ando sobre a água e o vento está quente

Hoje olhei para ti e não vi o que eu queria
Liberdade á alma e a solidão do dia
Hoje olhei para ti e senti-me tão fria
Tão só…

Agora diz-me o que é que eu vou fazer?
A dor é forte e eu vou sobreviver
Eu não me entrego e fico longe de ti para sempre
Longe de ti sem poder pensar no que faço
És o meu último fracasso

Hoje quis ser tudo para ti até morrer
Olhar para nós ver cidades a perder
Hoje eu quis ser tudo até me esquecer
Até te esquecer
Eu vou-me embora e tu vais ficar só para sempre
Já não há nada a perder

Agora diz-me o que é que eu vou fazer?
A dor é forte e eu vou sobreviver
Eu não me entrego não volto a ter mais ninguém

Só para sempre
Longe de ti sem querer pensar no que faço
És o meu último fracasso, és o meu ultimo fracasso…

Lúcia Moniz