Confissões à queima roupa

quinta-feira, julho 12, 2007

Relembrar o N.L

Linda Martini - Amor Combate

eu quero estar lá
quando tu tiveres de olhar para trás.
sempre quero ouvir
aquilo que guardaste para dizer no fim.


eu não te posso dar
aquilo que nunca tive de ti,
mas não te vou negar a visita às ruínas que deixaste
em mim.


se o nosso amor é um combate
então que ganhe a melhor parte.


o chão que pisas sou eu.

o nosso amor morreu quem o matou fui eu.

(porque além da música ser linda me lembra o meu Noites Longas... Saudades...)





Ornatos Violeta - Chaga

Foi como entrar, foi como arder!
Para ti nem foi viver!
Foi mudar o mundo sem pensar em mim!

Mas o tempo até passou,
e és o que ele me ensinou:
uma chaga p'ra lembrar que há um fim!

Diz sem querer poupar meu corpo:
"Eu já não sei quem te abraçou."
Diz que eu não senti teu corpo sobre o meu!
Quando eu cair eu espero ao menos que olhes para trás!
Diz que nao te afastas de algo que é também teu!

Não vai haver um novo amor,
tao capaz e tao maior,
para mim será melhor assim!
Vê como eu quero e vou tentar,
sem matar o nosso amor,
não achar que o mundo é feito para nós...

Foi como entrar, foi como arder!
Para ti nem foi viver!
Foi mudar o mundo sem pensar em mim!

Mas o tempo até passou,
e és o que ele me ensinou:
uma chaga p'ra lembrar que há um fim!

Uma chaga p'ra lembrar que há um fim...

(a melhor parte do Noites Longas)

domingo, julho 08, 2007

Amar em part time

Hoje vinha a conduzir o meu carro pela auto-estrada até Coimbra, e ouvi na rádio uma expressão não sei bem vinda de onde, que me chamou a atenção. "Amor em part time". Fiquei a pensar... No programa de rádio não se falava de amor, nem de outra coisa qualquer, como o disse não sei bem de onde a expressão apareceu, mas não será estranho que comece assim a ser chamado o tipo de amor predominante na nossa sociedade. Poucos são os que amam a tempo inteiro. Ainda haverá alguem que assim ame? Não sei... Nem sei eu própria como amo, aliás nem sei se há alguma forma de amar, se só se ama e pronto. Mas certezas tenho poucas. Talvez existam diversas formas de amar. Mas definitivamente esta do part time assusta-me... Amo-te porque estás aqui mais perto, mas não te posso amar a toda a hora, pois antes tenho de me amar. Amo-te mas só quando tenho tempo. Amo-te mas amo mais o meu trabalho. Amo-te mas não és o mais importante. Amo-te mas é porque tenho medo de ficar sozinha e pode não aparecer ninguem melhor. Amo-te mas... Já quase não existe o Amo-te (ponto). Amo-te aos bocadinhos, amo-te ás vezes, amo-te, amo-te, amo-te. Amo-te já quer dizer tanta coisa, e por isso muitas vezes já não quer dizer nada. Odeio a sua futilidade actual, e odeio ainda mais os que enchem a boca para o dizer com o coração simplesmente vazio, ou apenas cheio a part-time, um coração onde muita coisa mora, sem morar coisa nenhuma...