Confissões à queima roupa

sábado, dezembro 20, 2008

Neighbirhood #1 (Tunnnels) - Arcade Fire

And if the snow buries my,
my neighborhood.
And if my parents are crying
then I'll dig a tunnel
from my window to yours,
yeah a tunnel from my window to yours.
You climb out the chimney
and meet me in the middle,
the middle of town.
And since there's no one else around,
we let our hair grow long
and forget all we used to know,
then our skin gets thicker
from living out in the snow.

You change all the lead
sleepin' in my head,
as the day grows dim
I hear you sing a golden hymn.

Then we tried to name our babies,
but we forgot all the names that,
the names we used to know.
But sometimes, we remember our bedrooms,
and our parent's bedrooms,
and the bedrooms of our friends.
Then we think of our parents,
well what the hell ever happened to them?!

You change all the lead
sleepin' in my head to gold,
as the day grows dim,
I hear you sing a golden hymn,
the song I've been trying to sing.

Purify the colors, purify my mind.
Purify the colors, purify my mind,
and spread the ashes of the colors
in this heart of mine.

terça-feira, dezembro 02, 2008

Não sei...

Talvez tenha sido isso mesmo. Uma tábua de salvação. Um braço que me tirava do fundo do rio. Uma reanimação. Uma esperança. Uma nova crença. Uma luz ao fundo do túnel. Uma qualquer coisa de que eu realmente precisava. Mas se era tudo isso porque é que agora me sinto tão vazia? Não sinto nada. Existe apenas um vazio. É como se olhasse para dentro de mim e visse tudo preto e por isso mesmo não visse nada. E pensar dói. Pensar dói tanto.

segunda-feira, novembro 03, 2008

O Adão queria a maçã

Duas ideias passam neste momento pela minha cabeça. (e hoje não é um daqueles dias de ideias muito profundas, também tenho direito a dias mais lights, não?)

Uma vinda da sabedoria popular: "o fruto proíbido é sempre o mais apetecido"

A outra nem sei bem de onde vem, mas pronto. No paraíso a Eva é que comeu a maçã. Tudo bem. Mas eu tenho a certeza que o Adão só não a comeu primeiro porque não conseguiu ou então tava a tentar ser cavalheiro. O que é certo é que anda aí muito homem a querer fazer-se de Eva e saborear o pecado...

sábado, outubro 18, 2008

Poema do Silêncio

Sim, foi por mim que gritei.
Declamei,
Atirei frases em volta.
Cego de angústia e de revolta.

Foi em meu nome que fiz,
A carvão, a sangue, a giz,
Sátiras e epigramas nas paredes
Que não vi serem necessárias e vós vedes.

Foi quando compreendi
Que nada me dariam do infinito que pedi,
-Que ergui mais alto o meu grito
E pedi mais infinito!

Eu, o meu eu rico de baixas e grandezas,
Eis a razão das épi trági-cómicas empresas
Que, sem rumo,
Levantei com sarcasmo, sonho, fumo...

O que buscava
Era, como qualquer, ter o que desejava.
Febres de Mais. ânsias de Altura e Abismo,
Tinham raízes banalíssimas de egoísmo.

Que só por me ser vedado
Sair deste meu ser formal e condenado,
Erigi contra os céus o meu imenso Engano
De tentar o ultra-humano, eu que sou tão humano!

Senhor meu Deus em que não creio!
Nu a teus pés, abro o meu seio
Procurei fugir de mim,
Mas sei que sou meu exclusivo fim.

Sofro, assim, pelo que sou,
Sofro por este chão que aos pés se me pegou,
Sofro por não poder fugir.
Sofro por ter prazer em me acusar e me exibir!

Senhor meu Deus em que não creio, porque és minha criação!
(Deus, para mim, sou eu chegado à perfeição...)
Senhor dá-me o poder de estar calado,
Quieto, maniatado, iluminado.

Se os gestos e as palavras que sonhei,
Nunca os usei nem usarei, ~
Se nada do que levo a efeito vale,
Que eu me não mova! que eu não fale!

Ah! também sei que, trabalhando só por mim,
Era por um de nós.
E assim, Neste meu vão assalto a nem sei que felicidade,
Lutava um homem pela humanidade.

Mas o meu sonho megalómano é maior
Do que a própria imensa dor
De compreender como é egoísta
A minha máxima conquista...

Senhor! que nunca mais meus versos ávidos e impuros
Me rasguem! e meus lábios cerrarão como dois muros,
E o meu Silêncio, como incenso, atingir-te-á,
E sobre mim de novo descerá...

Sim, descerá da tua mão compadecida,
Meu Deus em que não creio! e porá fim à minha vida.
E uma terra sem flor e uma pedra sem nome
Saciarão a minha fome.

José Régio

sexta-feira, outubro 17, 2008

Latada de Coimbra 2008




Chega mais uma Latada. Coimbra mais uma vez enche-se de tradição e dá as boas-vindas aos seus novos caloiros. E eu, eu já estou no 4ºano... Encara-se a Latada de outro modo, mas nunca deixando de lhe dar a sua importância. Já temos a memória repleta de coisas boas que esta cidado nos deu, e todos sentimos uma certa cumplicidade como se fossemos família. É tão bom estudar aqui e ter o privilégio de conhecer tantas pessoas que eu sei que ficarão para toda a minha vida. Assim vamos todos cumprir a nossa tradição e "parvar" à farta por esta cidade que como diz a canção, "é nossa". Aqui fica o cartaz das nossas comemorações académicas.


5ªfeira, 23 Out:

- Sarau Académico


6ªfeira, 24 Out:

- Soulbizness

- Sugababes

- Tuna Medicina


Sábado, 25 Out:

- Amazing Flying Pony

- Sérgio Godinho

- Da Weasel

- Estudantina


Domingo, 26 Out:

- Silicone Soul,

- Chus & Ceballos

- In Vito Veritas


2ªfeira, 27 Out:

- Tales for the Unspoken

- Classificados

- Xutos e Pontapés

- Fan-farra


3ªfeira, 28 Out:

- Tiago Silva

- Meidin

- Emanuel

- Orxestra Pitagórica


4ªfeira, 29 Out:

- Antichton

- You Should go Ahead

- Rui Veloso

- Grupo Cordas

- Mondeguinas

Peter Pan


O menino que não queria crescer é uma treta. Maior treta ainda é eu ser a Sininho.

Essa felicidade descontinua compensa?

Não sei… Se tivesses só por um pedaço, não querias? Provavelmente querias, mas sabias que não devias ter. Porque na verdade não tens realmente, porque não há nada que te pertença. Quando não podes sequer dizer o que te está a passar na cabeça naquele momento é porque algo não está certo, algo está de facto muito errado. E o que está errado? Tu. Tu estás tão errado, a culpa é tua, tua e de mais ninguém. O que raio andas tu a fazer? Explica. Queres mortificar-te aos bocados? É isso que parece que tentas fazer… Parece que é só por isso que continuas a respirar. Sublimes olhares dizes ter. Falso, são olhos de vidro. Não vês? Não, não vês, não vez porque não queres ver. Preferes imaginar.

quinta-feira, setembro 04, 2008

Mudanças

Dei por mim a pensar, como é que se muda todo um registo de um blog? O mais lógico seria criar um blog totalmente novo para encher de parvoices, mas não, eu até gosto do nome deste. Assim pensei, se fizer um post que não tem nada a ver com os outros (tipo este), pronto, resolve-se o problema.
Assim vou tentar agora que este blog seja mais diversificado, porque textos tristes e músicas dramáticas são muito bonitos mas há toda uma panóplia de opcções por explorar...

terça-feira, março 18, 2008

The Perishers

I Hope You'll Be Missing Me (like I Will Miss You)

You helped them to kill me
That's all that I'm willing to say
You no longer thrill me
All you do now is stand in my way


All they say makes me feel just as safe
I've lost everything that i own
All they say makes me feel
awefully blue and alone


I wrote us a song, you weren't singing along
But I hope you'll be missing me too
I held onto too long, I did everything wrong
But I hope you'll be missing me like I will miss you


I wouldn't say I've moved on
I wouldn't say I'm close to ok
Or that you no longer feel me
Or no longer stand in my way


I'm not too proud to admit to you now
That I'm still nothing more than a wreck
I do intend not to pretend til the end


I wrote us a song, you weren't singing along
But I hope you'll be missing me too
I held onto too long, I did everything wrong
But I hope you'll be missing me like I will miss you


I hope you'll be missing me like I will miss you
I hope you'll be missing me like I will miss you
I hope you'll be missing me like I will miss you
I hope you'll be missing me like I will miss you
I hope you'll be missing me like I will miss you

(com muita pena minha não consigo postar videos do youtube)




Inconstância

Procurei o amor, que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!

Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!

Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...

E este amor que assim me vai fugindo
ă igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também... nem eu sei quando...


Florbela Espanca